22 de junho de 2017

Deus, o principal anunciante da chegada do Salvador ao mundo!



Por Everton Edvaldo 

Durante a leitura dos três primeiros capítulos do evangelho de Lucas, notei algo glorioso nas entrelinhas dessas passagens. Algo que geralmente passa desapercebido aos nossos olhos quando vamos estudar acerda do nascimento de Jesus: o papel primário executado por Deus entre seu povo.

É bastante interessante o método que Deus usou para revelar Jesus ao Seu povo antes mesmo de João Batista. A gente costuma entender que João Batista é a grande jogada de Marketing de Deus para anunciar o Messias. Isso é verdade, no entanto, Batista é só a consumação dessa revelação. Antes dele, Deus foi o primeiro propagador da chegada do Messias ao mundo. Deus revelou a chegada de Jesus de múltiplas formas ao Seu povo e o que eu acho engraçado, ou melhor, gratificante é que todos esses acontecimentos foram marcados com louvor e adoração a Deus. O evangelista Lucas nos apresenta detalhes dessas revelações da seguinte forma:

-Deus usa o anjo Gabriel para anunciar o nascimento de Jesus a Maria. (Lc 1.26-35).

-Deus usa Isabel para Maria, falando acerca do fruto do seu ventre, isto é, Jesus. (Lc 1 .41,42). Detalhe: João Batista ainda no ventre se alegrou e Maria entoou um cântico a Deus. (Lc 1. 44; 46-55).

-Deus envia um anjo e faz brilhar sua glória ao redor de pastores que viviam nos campos. A eles, Deus revela, através do anjo, que nasceu o Salvador. (Lc 2. 8-11). A eles, também aparece uma multidão da milícia celestial de anjos adorando a Deus nas maiores alturas (Lc 2.14). Detalhe: os pastores glorificaram e louvaram a Deus (Lc 2.20).

-Deus revela a Simeão, um homem justo e piedoso que ele não morreria antes de ver o Messias. Quando Jesus foi ser circuncidado, ele o tomou nos braços e louvou a Deus. (Lc 2. 25-30).

- Por fim, Deus usa Ana, uma profetiza e viúva de 84 anos, que dando graças a Deus, falava do menino a todos que esperavam a redenção de Jerusalém (Lc 2. 36-38).

E foi assim que a chegada do Messias foi anunciada: cheia de revelações, alegria e louvor. Nessas passagens, Deus usa anjos, homens/mulheres e circunstâncias a seu favor, mas nenhum deles é adorado, pelo contrário, a adoração é voltada única e exclusivamente para Deus. Creio que o próprio Deus se alegrava com isso, já que toda glorificação estava circulando em torno Dele e para Ele. 

Com isso se ratifica ainda mais a afirmação de que Deus é o maior evangelista de toda a história. Suas ações e intervenções na humanidade sempre resultam em louvor, avivamento e alegria. 

E assim "crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele." (Lc 2. 40).

Essas coisas foram necessárias até que João Batista crescesse e exercesse seu ministério dado por Deus de ser precursor do Messias. João Batista também é fruto dessa obra grandiosa de Deus e um instrumento nas mãos dele. 

O que Deus fez antes de Batista marcou a vida de muitas pessoas. Isto significa que quando João Batista iniciou seu ministério, várias pessoas já tinham conhecimento de que o Salvador havia chegado para eles. Ciente disto, o terreno estava pronto para que a "...voz que clama no deserto" (João 1.23), fizesse a vontade de Deus. Toda essa perfeição e obra iniciada pelo Senhor foi contemplada por João Batista e é por esse motivo que ele pode afirmar com segurança as seguintes verdades: 

"... todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça." (João 1.17).

"Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou." (João 1.18).

"Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1.29).

E por fim dizer: "Convém que ele cresça e que eu diminua." (João 3.30).

Amém! 

14 de junho de 2017

20 frases de Armínio sobre Romanos 9



Por Everton Edvaldo

"Eu confesso, francamente, que este capítulo sempre me pareceu estar envolvido na maior obscuridade e sua explicação tem se mostrado difícil..." (p. 14).

"... a justiça e a salvação devem ser obtidas pela fé em Cristo, não pelas obras da lei." (p. 16).

"Mas os filhos da promessa são aqueles que buscam a justiça e a salvação pela fé em Cristo." (p. 24)

"... Deus colocou a condição do pacto da graça, não em uma perfeita obediência à lei, como previamente visto, mas na fé em Cristo." (p. 36).

"...  Deus ama aqueles que buscam a justiça e a salvação pela fé em Cristo, mas odeia aqueles que buscam a mesma coisa pelas obras da lei." (p. 37).

"... todos aqueles que buscam a salvação pelas obras da lei, estão condenados à servidão e são odiados por Deus." (p. 38).

"Deus tem determinado salvar, imutavelmente , desde a eternidade, aqueles que creem em Cristo..." (p. 42).

"... não devemos de modo algum admitir o pensamento de que há injustiça em Deus."(p. 48).

"... por culpa do homem, a aliança, firmada na criação, foi anulada, e, portanto, Deus, livre de sua obrigação, poderia ter punido o homem de acordo com o seu demérito, ou ter instituído outro propósito em Sua própria mente. Para que isso pudesse ser para o bem do homem, era necessário que a misericórdia devesse intervir, a qual deveria perdoar o pecado e organizar uma condição que Ele pode, pelo auxílio da própria misericórdia, ser capaz de executar." (p. 48).

"Um ato que é inevitável por causa da determinação de qualquer decreto, não merece o nome de pecado." (p. 57, 58).

"Nada é mais comum na Escritura, do que [o fato de que] os pecadores, ao perseverarem em seus pecados contra a longanimidade de Deus, que os convida ao arrependimento, são aqueles a quem Deus quer endurecer." (p. 62).

"... Deus é Aquele que te fez e que te formou." (p. 67).

"... Deus tem o mesmo direito sobre a Sua própria criatura que o oleiro tem sobre aquilo que ele faz." (p. 68).

"Deus fez o homem para a Sua própria glória, isto é, não que Ele devesse receber glória do homem, mas para que Ele pudesse demostrar Sua própria glória de uma forma muito mais distinta, pelo homem, do que por Suas outras criaturas." (p. 75).

"Mas o homem foi feito, apenas, para que ele pudesse ser um vaso daquela bondade, justiça, sabedoria e poder, e, assim, ele foi um vaso para demostrar a gloria divina." (p. 77).

"Deus não fez o homem para que ele pudesse ser somente aquilo para o qual ele foi feito, mas para que ele pudesse tender à maior perfeição." (p. 77).

"... Deus faz o homem um vaso; O homem faz a si mesmo um vaso mau, ou um pecador, Deus determina fazer o homem, de acordo com as condições, satisfatórias para Si mesmo, um vaso de ira ou de misericórdia, e isso Ele na verdade faz, quando a condição é ou cumprida, ou perseveradamente negligenciada."(p. 82).

"Se alguém disser que Deus tem poder absolutamente ou incondicionalmente para tornar um homem um vaso para desonra e ira, ele fará a maior injustiça à Divindade, e irá contradizer a clara declaração da Escritura." (p. 83).

"Pois Ele não está irado com eles, [os endurecidos] a menos que eles já tenham se tornado vasos de ira; nem Ele, quando, por seus próprios méritos, eles foram preparados para a destruição, imediatamente, de acordo com o Seu próprio direito, leva a cabo a Sua ira na sua destruição, mas Ele os suporta, com muita longanimidade e paciência, convidando-os à penitência e esperando por seu arrependimento..." (p. 92).

"Se alguém me mostrar que essas coisas não estão em conformidade com o sentimento de Paulo, eu estarei pronto para dar a questão por vencida; e, se alguém provar que elas são incompatíveis com a analogia da fé, eu estarei pronto para reconhecer a falha e abandonar o erro." (p. 96).

Bibliografia: 

ARMÍNIO, Jacó. Uma análise de Romanos 9. [tradução e notas de Carlos Augusto Vailatti]. São Paulo: Reflexão, 2016.